09/03/2011

A Paz Galerinha, A Paz Evangelizadores.

Hoje iniciamos um novo tempo litúrgico, o tempo quaresmal. Tempo de oração, jejum, arrependimento, perdão, confissão... enfim.. tempo de voltar para Deus com coração contrito, morrer para o pecado afim de ressuscitar com Jesus, na Páscoa da ressurreição.

Vamos conhecer algumas curiosidades desse tempo?


1 – Por que uma Quarta feira de Cinzas?
A Quarta feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. Ela acontece sempre quarenta e quatro dias antes da Páscoa. Essa data pode ocorrer desde o começo de fevereiro até a segunda semana de março, pois a data da Páscoa é móvel. Esse primeiro dia do período de preparação pascal inicia-se com o rito da imposição das cinzas sobre a cabeça dos fiéis nas igrejas, como uma marca indicativa de um tempo de penitência e conversão. Os Católicos são convidados a reconhecer com humildade seu estado de mortalidade e a revisar sua vida perante os valores perenes do Reino de Deus. A palavra de ordem dessas manifestações é: convertei-vos e crede no Evangelho (MC 1,15)
2 – Qual a razão das cinzas na cabeça?
Nas missas realizadas na Quarta-feira de Cinzas, os participantes são abençoados com cinzas. O padre sinaliza a testa de cada participante com cinzas ou as coloca sobre suas cabeças. Os cristãos normalmente deixam as cinzas em sua testa e nos cabelos até o pôr-do-sol, antes de lavá-los. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça, como sinal de arrependimento perante Deus. De onde vêm essas cinzas? Elas costumam ser obtidas pela queima dos ramos secos entregues nas paróquias e comunidades, que haviam sido abençoados e distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos.
3 – Você conhece a curiosa expressão: Volta-te para o pó?
A fórmula bíblica usada pela Igreja Católica, no rito da Quarta-feira de Cinzas, é explícita: És pó e ao pó voltarás (Gn 3,19). Esse convite é para uma volta, para fazer uma consideração, uma conversão, como no trânsito. Voltar-se no sentido de girar, voltar o olhar para a terra e para si mesmo. O corpo humano é nossa primeira terra. Considere que és pó, húmus, homem, feito de barro. Considere o vínculo com a terra-mãe. Em seu magnífico diálogo com deus, em defesa dos justos vivendo em Sodoma, Abraão diz: “Vou ousar falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza” (Gn 18, 27). Após a morte, pela via do enterro no solo ou pela cremação, o humano reencontra sua terra, seu pó. Os humanos são filhos da terra, obras de argila, trabalho de oleiro.
Fonte: Guia de Curiosidades Católicas – Evaristo Eduardo de Miranda – Ed. Vozes

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